A IMIGRAÇÃO HOLANDESA EM ARAPOTI

Com as colônias de Carambeí e Castrolanda já mais bem estruturadas, surgiu o interesse na fundação de uma nova colônia holandesa nos Campos Gerais. Dentre as motivações estavam a busca por novas terras por parte daqueles que moravam nas colônias já existentes, a tentativa de aumentar o número de holandeses na região, a fim de ampliar a rede de relações sociais, facilitando os matrimônios e a formalização de negócios entre os próprios holandeses, expandindo o raio de atuação das cooperativas agropecuárias na região.

            Para organizar os trâmites e delimitar os próximos passos do projeto, as cooperativas de Carambeí e Castrolanda resolveram criar uma instituição, a Cooperativa Central de Imigração e Colonização do Brasil Meridional e Central – CCICBMC, fundada no ano de 1957 e presidida pelo pastor W. V. Muller. A partir de então, iniciaram-se os trabalhos de levantamentos de dados para que se pudesse saber quanto seria gasto com a implantação da nova colônia. Assim, no ano seguinte, em 1958, ficou pronto o relatório que seria submetido a autoridades, órgãos governamentais e empresas que pudessem oferecer o financiamento necessário.

Nesse momento surgiu a intenção de encaminhar o projeto para o Development Loan Fund – DLF, um fundo de investimentos dos Estados Unidos da América. De acordo com esse projeto o Brasil arcaria com uma das partes do investimento. Assim, também o Reino dos Países Baixos daria o apoio à colonização ao autorizar que os novos imigrantes retirassem seu dinheiro do país para investir no Brasil, além de conceder apoio logístico e assistência técnica agrícola nos anos seguintes. 

Outra instituição financiadora mencionada no projeto de fundação foi a Cooperativa Central de Laticínios do Paraná Limitada – CCLPL. Empresa fundada em 1954 por iniciativa das Cooperativas de Carambeí (Batavo) e Castrolanda, com o objetivo de industrializar e comercializar o leite produzido nas colônias. Por fim, após análise, o DLF aprovou o projeto e concedeu a verba para a compra das terras em Arapoti, de propriedade anteriormente pertencente à Rivadavia Menarim.

Com as terras compradas e os lotes divididos, sete famílias holandesas embarcaram no porto de Antuérpia, na Bélgica no dia 21 de maio de 1960, a bordo do navio francês Charles Tellier.  A viagem durou dezoito dias até o desembarque no porto de Santos (SP) em 08 de junho de 1960. De Santos (SP) até Arapoti seguiram-se mais algumas horas de viagem, a bordo de um ônibus simples. Ao chegarem, então, no dia 09 de junho de 1960, foram recepcionados por uma comitiva formada pelos membros da Cooperativa de Imigração (CCICBMC) e outros moradores que tinham vindo das colônias já existentes com o objetivo de construir uma estrutura básica para a acomodação dos recém chegados.

As inúmeras histórias e os diversos desafios e dificuldades enfrentados pelos novos imigrantes são narradas de inúmeras formas pelo acervo presente nas exposições do Museu Imigrante Holandês. Faça-nos uma visita! Esperamos por você. Também convidamos para que continue acompanhando as postagens do nosso Blog, aqui mesmo no site (https://www.museuimigranteholandes.com.br/blog/), onde sempre traremos uma novidade sobre a história da imigração holandesa e sobre os nossos eventos.